Matéria extraída do site: http://www.franciscanos.org.br/
A rotina de D. Paulo Evaristo Arns, na residência das Irmãs Franciscanas da Ação Pastoral, em Taboão da Serra, na Grande São Paulo, foi quebrada nesta terça-feira (14/9). Nada menos do que o Arcebispo de São Paulo, Cardeal D. Odilo Scherer, cinco bispos - D. Mauro Morelli, D. Celso Queiroz, D. Antônio Gaspar, D. Pedro Stringhini e D. Tarcísio Scaramussa -, o Ministro Provincial da Província Franciscana da Imaculada Conceição, Frei Fidêncio Vanboemmel, um grande número de sacerdotes e religiosas, além de um grupo da família residente em Curitiba e amigos (as) participaram da celebração de Ação de Graças pelo aniversário de 89 anos de D. Paulo Evaristo, Cardeal Arns, arcebispo emérito de São Paulo (1970-1998).
Lúcido, disposto e alegre, D. Paulo recebeu os convidados, familiares e amigos para a celebração eucarística, às 8 horas. Normalmente, esta celebração ele faz com as irmãs e pessoas da comunidade desde que se mudou há três anos para uma ala reservada da residência das Franciscanas da Ação Pastoral, já que antes morava em uma casa da arquidiocese de São Paulo, no bairro do Jaçanã.
Nesta terça, foi D. Odilo que presidiu a celebração e lembrou que o aniversariante celebrava o seu dia na Festa da Exaltação da Santa Cruz, conforme a liturgia da Igreja Católica. "Falar Festa da Cruz parece um contra-senso para a mentalidade e a cultura que fogem da cruz e que, afinal, acham a cruz uma desgraça", assinalou o Cardeal de São Paulo.Segundo lembrou D. Odilo, ao citar o Evangelho próprio do dia, "Jesus veio para demonstrar o amor de Deus por todo o ser humano e por toda a humanidade até o extremo. Amou até a morte e morte de cruz. Por isso, Deus exaltou sobremaneira para que aparecesse realmente o quanto este amor era profundo", refletiu.
D. Odilo lembrou que o aniversário no dia da Exaltação da Santa Cruz já mereceu muitas considerações, mas ele fazia a sua porque "acredita que Deus escreve também através dos sinais da Providência", mesmo que não seja apropriado em dia de aniversário falar de cruzes."Mas se a gente olhar isto pela ótica da fé, dá para falar. Como as cruzes que o sr. (D. Paulo) carregou do povo, de tantas pessoas sofridas, torturadas, perseguidas, de tantas pessoas que tiveram a sua dignidade negada e que o sr. sentiu pessoalmente. Cruzes que Deus sabe o quanto são preciosas na vida de cada uma dessas pessoas que o sr. socorreu, assistiu e defendeu. Por isso que, hoje, nós queremos dar graças a Deus por esse lado de sua vida", disse D. Odilo.
Segundo o Cardeal, na ótica da fé, dizemos: Deus sabe transformar as cruzes em bênçãos. "E por isso mesmo, nós olhamos para a Cruz de Cristo como sinal de esperança, de vida, não de morte, de esmagamento, mas justamente como promessa de vida nova", acrescentou.
"Que a sua vida, diante de Deus, seja louvada por aquilo que o sr. significou e significa para a Igreja, especialmente para a Igreja de São Paulo!", completou D. Odilo, abrindo a palavra aos presentes para fazerem uma uma homenagem ao aniversariante.
Lúcido, disposto e alegre, D. Paulo recebeu os convidados, familiares e amigos para a celebração eucarística, às 8 horas. Normalmente, esta celebração ele faz com as irmãs e pessoas da comunidade desde que se mudou há três anos para uma ala reservada da residência das Franciscanas da Ação Pastoral, já que antes morava em uma casa da arquidiocese de São Paulo, no bairro do Jaçanã.
Nesta terça, foi D. Odilo que presidiu a celebração e lembrou que o aniversariante celebrava o seu dia na Festa da Exaltação da Santa Cruz, conforme a liturgia da Igreja Católica. "Falar Festa da Cruz parece um contra-senso para a mentalidade e a cultura que fogem da cruz e que, afinal, acham a cruz uma desgraça", assinalou o Cardeal de São Paulo.Segundo lembrou D. Odilo, ao citar o Evangelho próprio do dia, "Jesus veio para demonstrar o amor de Deus por todo o ser humano e por toda a humanidade até o extremo. Amou até a morte e morte de cruz. Por isso, Deus exaltou sobremaneira para que aparecesse realmente o quanto este amor era profundo", refletiu.
D. Odilo lembrou que o aniversário no dia da Exaltação da Santa Cruz já mereceu muitas considerações, mas ele fazia a sua porque "acredita que Deus escreve também através dos sinais da Providência", mesmo que não seja apropriado em dia de aniversário falar de cruzes."Mas se a gente olhar isto pela ótica da fé, dá para falar. Como as cruzes que o sr. (D. Paulo) carregou do povo, de tantas pessoas sofridas, torturadas, perseguidas, de tantas pessoas que tiveram a sua dignidade negada e que o sr. sentiu pessoalmente. Cruzes que Deus sabe o quanto são preciosas na vida de cada uma dessas pessoas que o sr. socorreu, assistiu e defendeu. Por isso que, hoje, nós queremos dar graças a Deus por esse lado de sua vida", disse D. Odilo.
Segundo o Cardeal, na ótica da fé, dizemos: Deus sabe transformar as cruzes em bênçãos. "E por isso mesmo, nós olhamos para a Cruz de Cristo como sinal de esperança, de vida, não de morte, de esmagamento, mas justamente como promessa de vida nova", acrescentou.
"Que a sua vida, diante de Deus, seja louvada por aquilo que o sr. significou e significa para a Igreja, especialmente para a Igreja de São Paulo!", completou D. Odilo, abrindo a palavra aos presentes para fazerem uma uma homenagem ao aniversariante.
Visita franciscana
Foi a primeira visita que Frei Fidêncio Vanboemmel fez a D. Paulo desde que foi eleito Ministro Provincial no final do ano passado. Ele esteve acompanhado do Definidor Frei Mário Tagliari. "Gostaria também, em nome de todos os confrades, agradecer pelo dom da vida e por tudo aquilo que D. Paulo representa para nós da Província, como frade a serviço especialmente da Igreja de Deus", disse o Ministro Provincial. "Mas, Dom Paulo continua a ser para todos nós também um mestre, um professor (D. Paulo interrompe e lembra que foi professor 27 anos), um referencial, o Vigário Provincial, que celebrou 70 anos de vida religiosa o ano passado e neste ano, no dia 30 de novembro, vai celebrar 65 anos de vida sacerdotal. Então, D. Paulo, muito obrigado pelo dom de sua vida e pelo presente de Deus que você é para todos os nossos confrades", completou Frei Fidêncio.
Sinal de esperança
D. Paulo agradeceu a D. Odilo e Frei Fidêncio e lembrou que a Cruz descobriu quando ainda estava no seminário e cantava "O Crux, ave spes unica" (salve o cruz, nossa única esperança!). Segundo D. Paulo, daí nasceu o lema de sua ordenação "Ex Spe in Spem" (De Esperança em Esperança), numa referência ao Livro dos Salmos (Sl. 70,1). Segundo o Arcebispo emérito, uma expressão que reflete a total e confiante adesão a Cristo e o humilde abandono nas mãos da Divina Providência.
D. Mauro Morelli, bispo emérito de Duque de Caxias, que hoje se define como "missionário do meio ambiente", recordou que foi um dos onze bispos "da primeira hora" e confessou que guarda de D. Paulo "essa carinhosa lembrança da sua sabedoria e da sua coragem - e coragem, acima de tudo, é colocar coração nas coisas".
Outro bispo que esteve com D. Paulo no início de sua missão à frente da Arquidiocese foi D. Celso. "De D. Paulo, queria guardar três coisinhas: o primeiro, um conselho que deu para mim e talvez sirva para vocês. 'Não seja perfeccionista porque eu não conheço nenhum perfeccionista feliz'. Outra coisa, agradeço-o sempre porque me fez descobrir - e continuo descobrindo a todo momento - a esperança. A fé, sabia um pouco, a caridade também, mas a esperança era uma ilustre desconhecida na minha vida. E a terceira coisa, não é bem de D. Paulo, mas cai no dia do seu aniversário, que é o Evangelho de hoje. Um bispo anglicano, e a gente sabe como nossos irmãos de outras confissões cristãs, prezam a Bíblia - ela é o centro da vida -, dizia, que se por acaso toda a Bíblia se perdesse e só se salvasse essa frase de João: a tal ponto Deus amou o mundo que enviou o seu Filho para nos salvar, nós teríamos todo o necessário para a nossa salvação. Só essa parte. No seu aniversário, D. Paulo, essa lembrança tão gostosa que veio de outra comunidade. Muito obrigado. Se não fosse o sr., acho que não passaria de uma formiguinha. Talvez não seja muito mais do que isso", disse.
Além de comemorar, no dia 30 de novembro, 65 anos de vida sacerdotal, no dia 22 de outubro completará 40 anos de nomeação para a Arquidiocese de São Paulo, feita pelo Papa Paulo VI. Ele tomou posse em 1º de novembro de 1970 e renunciou, por limite de idade, no dia 15 de abril de 1998, passando a receber o título de Arcebispo Emérito de São Paulo.
D. Mauro Morelli, bispo emérito de Duque de Caxias, que hoje se define como "missionário do meio ambiente", recordou que foi um dos onze bispos "da primeira hora" e confessou que guarda de D. Paulo "essa carinhosa lembrança da sua sabedoria e da sua coragem - e coragem, acima de tudo, é colocar coração nas coisas".
Outro bispo que esteve com D. Paulo no início de sua missão à frente da Arquidiocese foi D. Celso. "De D. Paulo, queria guardar três coisinhas: o primeiro, um conselho que deu para mim e talvez sirva para vocês. 'Não seja perfeccionista porque eu não conheço nenhum perfeccionista feliz'. Outra coisa, agradeço-o sempre porque me fez descobrir - e continuo descobrindo a todo momento - a esperança. A fé, sabia um pouco, a caridade também, mas a esperança era uma ilustre desconhecida na minha vida. E a terceira coisa, não é bem de D. Paulo, mas cai no dia do seu aniversário, que é o Evangelho de hoje. Um bispo anglicano, e a gente sabe como nossos irmãos de outras confissões cristãs, prezam a Bíblia - ela é o centro da vida -, dizia, que se por acaso toda a Bíblia se perdesse e só se salvasse essa frase de João: a tal ponto Deus amou o mundo que enviou o seu Filho para nos salvar, nós teríamos todo o necessário para a nossa salvação. Só essa parte. No seu aniversário, D. Paulo, essa lembrança tão gostosa que veio de outra comunidade. Muito obrigado. Se não fosse o sr., acho que não passaria de uma formiguinha. Talvez não seja muito mais do que isso", disse.
Além de comemorar, no dia 30 de novembro, 65 anos de vida sacerdotal, no dia 22 de outubro completará 40 anos de nomeação para a Arquidiocese de São Paulo, feita pelo Papa Paulo VI. Ele tomou posse em 1º de novembro de 1970 e renunciou, por limite de idade, no dia 15 de abril de 1998, passando a receber o título de Arcebispo Emérito de São Paulo.
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